quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Anvisa veta emagrecedores à base de anfetaminas

Farmácias e drogarias de todo o Brasil terão dois meses para retirar produtos das prateleiras

A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu ontem banir do mercado brasileiro os remédios para emagrecer à base de anfetaminas e manter a comercialização e o registro da sibutramina. A agência proibiu a venda de três inibidores de apetite feitos à base de anfetamina: a anfepramona, o femproporex e o mazindol.

A sibutramina é um dos medicamentos mais vendidos e atua na redução do apetite. No entanto, a agência ampliou o controle sobre a prescrição e a utilização do remédio. Com a decisão de ontem, médicos e pacientes terão também que assinar um termo de compromisso ao prescrever ou utilizar a substância.

O diretor-presidente da Anvisa e relator do processo, Dirceu Barbano, informou que propôs o banimento dos inibidores de apetite anfetamínicos em todo o País com base em estudos internacionais que constataram a baixa eficácia dos medicamentos na perda de peso e riscos à segurança do paciente.

As farmácias e drogarias terão dois meses para retirá-los das prateleiras. Com relação à sibutramina, Barbano disse que continua liberado o uso do remédio para o tratamento de obesidade, desde que o paciente apresente sobrepeso significativo e não sofra de problemas cardíacos. "O paciente e o médico terão de assinar termo de responsabilidade sobre os riscos à saúde", destaca.

Sobre a liberação da Sibutramina com restrição, o presidente do Cremers disse que não acredita que a Anvisa tenha agido sob pressão dos laboratórios para manutenção da comercialização do medicamento no mercado brasileiro.

O chefe de fiscalização do Conselho Regional de Farmácia (CRF/RS), Luciano Adib, informou que começa hoje um trabalho de orientação junto a 4.369 drogarias e 756 farmácias do Rio Grande do Sul. Segundo Adib, 12 fiscais vão orientar os proprietários sobre o prazo de 60 dias estabelecido pela agência para a retirada dos produtos das prateleiras.

Fonte: Jornal do Comércio

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