Com
informações confusas e imprecisas, as embalagens de alimentos vêm sendo tópico
de discussão.
Para
nutricionistas e pesquisadores em todo o mundo, os dados são insuficientes e,
apesar dos rótulos trazerem informações sobre a quantidade de certas
substâncias, não esclarecem se aquela quantidade é pouca ou excessiva, deixando
os consumidores sem dados suficientes para analisar aquele produto na hora de
comprar.
Comprar
produtos para crianças fica ainda mais difícil. Isso porque, no Brasil, a
tabela nutricional aprovada pelos órgãos reguladores tem como referência a
dieta de um adulto e acaba induzindo os pais ao erro. Um exemplo é a quantidade
de calorias: a dieta diária do adulto tem como média 2 mil calorias, enquanto a
indicada para crianças de 4 a 6 anos tem 1.450 calorias. Em relação ao sódio,
por exemplo, um mesmo biscoito de chocolate que representa 4% do percentual
diário indicado para adultos na sua embalagem, representa 29% do total diário
recomendado para crianças de 4 a 6 anos.
Pesquisas
mostram que rótulos adequados e mais simples podem resultar em escolhas mais
saudáveis por parte do consumidor, especialmente para quem está comprando
produtos para crianças. Não é a toa que esse é um dos principais tópicos da lei
antiobesidade aprovada recentemente no Chile, que tem como objetivo garantir
que as embalagens dos alimentos tragam dados de sua composição de forma
compreensível, assegurando que a população possa tomar decisões conscientes
sobre sua alimentação.
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